Música para o Espírito

terça-feira, 27 de novembro de 2018

AMÉRICA LATINA EM MOVIMENTO - DOMINAÇÃO, HEGEMONIA E RESISTÊNCIA



Neste livro, os autores partem de uma perspectiva em que a crítica social marca a análise dos diversos aspectos da vida social na América Latina. O título da obra já denota esta preocupação à medida que expressa a dinâmica do capitalismo subordinado presente no contexto latino-americano: América Latina em Movimento: dominação, hegemonia e resistência.

Há décadas as diferentes sociedades na América Latina, através da adoção, pelos Estados, das mais variadas políticas neoliberais, tomaram o caminho para manter a repressão contra as classes sociais exploradas. Do neopopulismo de Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, no Brasil, aos governos neopopulistas de Evo Morales, Bolívia, Cristina Kirchner, na Argentina, de Hugo Chávez, substituído por Nicolás Maduro, na Venezuela, o que presenciamos foi a continuidade das violentas políticas neoliberais que intensificaram a pobreza, a exploração da classe trabalhadora, o desemprego, a violência cotidiana contra pobres, indígenas, negros, mulheres.

O discurso do neopopulismo neoliberal esgotou com a derrocada desses governos no Brasil e na Argentina. A luta da classe dominante para reestabelecer o controle sobre os governos e os estados tem se manifestado diariamente através das reformas realizadas e em cursos em países como Brasil e Argentina. Por sua vez, movimentos de resistência surgiram à medida que as políticas neoliberais intensificavam as contradições sociais e a miséria nas sociedades locais. O esforço desta obra é no sentido de apresentar uma interpretação crítica que vai à raiz do problema. Sem floreios!!


O capitalismo subordinado, dominante na paisagem latino-americana, se desenvolveu nas últimas décadas solapando as sociedades com políticas sociais e econômicas que jogaram amplas parcelas da população na miséria. A interferência norte-americana, desde sempre, se fez sentir intensamente à medida que fundações conservadoras, através de seus intelectuais conservadores, passaram a impor diversificadas ações tanto políticas quanto sociais, culturais e econômicas no sentido de conformar um consenso em torno da impossibilidade de ação fora do projeto neoliberal. Os conflitos sociais que emergiram demonstraram as fraturas do capitalismo periférico no contexto latino-americano.


Nesta obra os autores apresentam a realidade social e política da América Latina. As desigualdades sociais, a exploração de classe, os conflitos sociais, a pobreza, a violência estatal e a submissão intelectual de setores da intelligentsia latino-americana, são retratadas de modo crítico, fugindo das análises convencionais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário